Restaurando a Mata

A tecnologia social foi desenvolvida em parceria com aldeias do território indígena Tupinambá, a partir do Projeto “Restaurando a Mata”, em resposta aos desafios de manejo e restauração florestal frente aos eventos climáticos extremos, como secas e incêndios na área da reserva extrativista Tapajós-Arapiuns.

O objetivo é estabelecer um processo de restauração de florestas, associado ao manejo e enriquecimento com espécies de árvores consideradas relevantes pelas comunidades, servindo como elemento de fortalecimento da governança em comunidades locais.

Assim, a restauração florestal não apenas visa a recuperar a biodiversidade, mas também preservar a cultura, a espiritualidade e a autonomia alimentar de povos amazônidas. Por isso, a iniciativa de restauração coloca os atores mais afetados pela degradação no centro da tomada de decisões, ao mesmo tempo em que promove a restauração ecológica para o benefício das gerações atuais e futuras. O modelo compreende diversas etapas, iniciando com a percepção da comunidade sobre seu entorno e a construção de um diagnóstico para a proposição do projeto de observatório de restauração florestal.

Na RESEX Tapajós-Arapiuns funcionam o Observatório Tupinambá e o Observatório Curupira. A partir da aprovação dos projetos pelas comunidades, são realizadas capacitações para coleta de sementes, produção de mudas, construção de viveiros e plantio, bem como são acompanhadas as atividades de manutenção da restauração e limpezas preventivas de áreas para proteção contra incêndios.

Todas as etapas são realizadas com a tomada de decisão pelas lideranças indígenas, que participam efetivamente do desenho, implementação e monitoramento dos projetos de restauração.

Impactos da ação

Os impactos positivos desse processo de restauração são múltiplos, ressaltando-se no ODS 17 (parcerias e meios de implementação) pelo fortalecimento da governança comunitária e no ODS 13 (ação contra a mudança global do clima) com a recuperação de ecossistemas florestais.