Ponto de Memória da Terra Firme
Resgatando histórias, fortalecendo identidades

Memória viva nas periferias
O Ponto de Memória da Terra Firme (PMTF) é um projeto que transforma lembranças e histórias em patrimônio coletivo, valorizando a cultura e a identidade de uma das maiores periferias urbanas de Belém. Inspirado pelo Programa Pontos de Memória, ele adota a Museologia Comunitária como ferramenta de transformação social, resgatando narrativas e preservando saberes que atravessam gerações.
Com um acervo formado por fotografias, entrevistas, contos e objetos, o PMTF dá voz aos moradores e registra o cotidiano, as lutas e as conquistas da comunidade. Ao criar um espaço de memória, o projeto não apenas preserva o passado, mas fortalece o presente, incentivando autoestima e união.
Museu feito por quem vive a história
No PMTF, o museu é construído pela própria comunidade. Jovens e adultos recebem capacitação em entrevistas, história oral e inventário participativo, por meio de parcerias como a do Museu Paraense Emílio Goeldi. Assim, tornam-se protagonistas e pesquisadores de sua própria história, garantindo que o acervo reflita fielmente as vozes e vivências locais.
Esse modelo rompe com a ideia de museu distante e formal: ele se espalha pelas ruas, praças e margens do rio Tucunduba, celebrando tradições e abrindo caminhos para o desenvolvimento social e sustentável.


Cultura que inspira mudança
Em 2023, o PMTF integrou o ManiFesta Tucunduba Resiste, mobilizando a comunidade para preservar o rio Tucunduba e valorizar suas tradições. O evento uniu apresentações culturais, rodas de conversa e ações ambientais, reforçando que a defesa do território é também a preservação da memória e das relações comunitárias.
Assim, o Ponto de Memória da Terra Firme mostra que a história compartilhada é capaz de reduzir desigualdades, promover inclusão social e inspirar novas histórias. A cada ação, o projeto reafirma que memória é força e que identidade é um poderoso instrumento de transformação.