Replicando o Passado
Arqueologia e arte cerâmica unidas para preservar a história da Amazônia

Uma parceria que transforma saberes
O Replicando o Passado é fruto da união entre o Museu Paraense Emílio Goeldi e os ceramistas de Icoaraci, em Belém do Pará. A iniciativa nasceu de uma demanda genuína da comunidade oleira, que buscava aprofundar o conhecimento sobre as peças arqueológicas regionais e valorizar ainda mais seu trabalho artesanal.
A proposta atende também à necessidade do museu de dar visibilidade ao seu acervo arqueológico, conectando ciência e tradição. Essa troca fortalece a identidade cultural amazônica e agrega valor às peças produzidas, transformando o ofício da cerâmica em uma ponte viva entre o passado e o presente.
Metodologia: ciência e tradição lado a lado
O processo começa com a visita dos ceramistas ao acervo arqueológico do MPEG, onde, junto aos pesquisadores, escolhem as peças que serão replicadas. Nessa etapa, há uma troca intensa de saberes, com explicações sobre o contexto arqueológico e as técnicas tradicionais de produção.
As réplicas são moldadas na reserva técnica do museu e, em seguida, levadas para queima nos ateliês de Icoaraci. São produzidas tanto peças em tamanho real quanto miniaturas, destinadas a coleções didáticas, exposições e à comercialização no mercado regional e nacional.


Impacto social e econômico
O Replicando o Passado contribui diretamente para o fortalecimento do trabalho artesanal, ampliando oportunidades e renda para a comunidade oleira. Com a qualificação técnica e o reconhecimento cultural, os ceramistas conquistam novos mercados e fortalecem a economia criativa da região.
Esse impacto se conecta a objetivos globais como o ODS 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico) e o ODS 4 (Educação de Qualidade), promovendo tanto a melhoria da renda quanto o acesso a novos conhecimentos e práticas de preservação cultural.
Preservando o passado, inspirando o futuro
Mais do que um projeto de produção artesanal, o Replicando o Passado é uma tecnologia social que preserva a memória de povos ancestrais e a transforma em arte contemporânea. Cada peça conta uma história milenar, moldada pelas mãos de quem vive e respira a cultura amazônica.
Assim, arqueologia e artesanato se unem para manter viva a herança cultural da região, inspirando novas gerações e projetando o patrimônio amazônico para o mundo.

Contato do Responsável
Helena Pinto Lima
E-mail: he********@**********di.br